As tendências do marketing digital em 2019

Por Fabrício Alves | Gestor de Contas de Inbound Marketing na Go&Grow!

 

Quem utiliza o universo on-line como aliado em sua estratégia de comunicação precisa gostar de mudanças e estar pronto para acompanhá-las de perto. Conhecer o que promete ganhar espaço na internet é o ponto-chave na hora de criar um plano de ação para o próximo ano. Isso porque a tecnologia e o comportamento de consumo estão em constante transformação, tornando fundamental conhecer as tendências do marketing digital em 2019.

 

Os números não mentem. De acordo com recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 69% dos brasileiros já têm acesso à internet pelo celular. O mesmo levantamento apontou, ainda, que a navegação é feita, preferencialmente, nos próprios dispositivos móveis.

 

Conheça, agora, o que promete ser tendência no marketing digital em 2019

1. Chatbot: o seu novo melhor amigo

Foi-se o tempo em que a frase “Inteligência Artificial é coisa do futuro” fazia algum sentido. Ela já é o nosso presente! O cenário que propõe uma relação entre homem e máquina ainda pode parecer coisa de filme, mas já ajuda a criar interações e fechar negócios.

 

Entre as possibilidades oferecidas pela chamada AI estão os chatbots. Com a ferramenta, é possível se aproximar do público através de um “robô” instalado em seu site ou Facebook, por exemplo.

 

Hoje, com o avanço da tecnologia, os bots já entendem as necessidades do consumidor e atuam de forma personalizada. Outra vantagem é o armazenamento de um histórico de interação, além de horário de funcionamento full time.

 

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2. Influenciadores continuam no páreo

A fonte secou? Ainda não! Em 2019, vale continuar apostando no marketing de influência para promover sua marca. Entretanto, o “pulo do gato” é pensar além dos números.

 

Os microinfluenciadores podem até perder espaço quando falamos em proporção de seguidores, mas apresentam relevância se olharmos a segmentação. Eles podem atuar em um nicho muito específico ou, até mesmo, em regiões estratégicas ou cidades menores.

 

3. Publicidade nativa como estímulo à criatividade

Quantas vezes você já abriu o YouTube para ouvir uma música de seu artista favorito e foi impactado por um anúncio que não tem “fit” com sua pesquisa? Veja um exemplo:

 

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Não há nada mais irritante – e sem sentido! – do que receber uma propaganda de um produto que você não quer e na hora que você não precisa. Essa é uma prática odiada por usuários que passaram a adotar, então, bloqueadores de anúncio.

 

Com consumidores cada vez mais exigentes, uma boa estratégia de marketing digital vai muito além de anunciar em todos os veículos disponíveis. É preciso usar a criatividade para chegar ao seu público de maneira eficiente.

 

A publicidade nativa (do inglês, Native Advertising) é o termo usado para definir a “publicação de um conteúdo num determinado canal que esteja contextualizado à experiência do usuário”. Isto é, sem interferir de maneira invasiva nem empurrar goela abaixo um produto ou serviço.

 

  • A publicidade nativa é um anúncio “amigável” e que não tem cara de propaganda;
  • Para ter cara de “nativa”, a publicidade precisa ter conteúdo, já que é inserida em portais que oferecem esse elemento. Matéria recomendada pela marca “x” dentro de um site de notícia é um exemplo;
  • O objetivo de uma publicidade nativa é gerar engajamento com a marca, e não vendas imediatas.

 

4. Luz, câmera, ação

Não entre na onda de “vamos fazer porque todos estão fazendo”. Investir na produção de vídeos faz parte das tendências de marketing digital em 2019, mas, como qualquer outra estratégia, precisa de planejamento.

 

Uma dica valiosa do especialista e YouTube Contributor Camilo Coutinho é focar em três pilares: pessoas, propósito e plataforma. Você deve produzir para o seu público, pensando em ajudar ou resolver um problema e, além disso, levando em conta a plataforma em que o material será visualizado.

 

Não adianta gravar um vídeo para o YouTube, na horizontal, e aproveitá-lo no IGTV do Instagram, em que os materiais aparecem na vertical. É preciso pensar na experiência do usuário.

 

Em recente estudo, a HubSpot indicou que landing pages com vídeos apresentam taxas de conversão 80% maiores que as demais.

 

5. Não se esqueça das pesquisas por voz

A menor dúvida de um usuário desencadeia uma pesquisa no Google, o buscador mais acessado do planeta. Mas onde está a tendência? No modo de fazer! Com uma vida corrida e uma rotina atribulada, é preciso considerar a facilidade de falar, em vez de escrever.

 

Para se adaptar à novidade, o seu conteúdo precisa ter um tom de “conversa”, sem palavras difíceis e que se alinhe a possíveis dúvidas que possam surgir.

 

Os números também são otimistas. De acordo com dados da empresa americana comScore, metade de todas as consultas será baseada em voz, até 2020.

 

Gostou das nossas dicas? Precisa de ajuda para impulsionar seus negócios em 2019? Entre em contato com um de nossos especialistas.

Nota 1000 no marketing digital e no Enem

Por Lincoln Buzinari | Desenvolvedor Web na Go&Grow!

 

Neste artigo, vamos discutir um pouco sobre o tema do Enem desse ano, além de mostrar um pouco como funcionam as ferramentas de análise do comportamento do usuário nos sites. Uma análise simples de um tema bastante atual e relevante para o cenário do marketing digital.

 

A redação do Enem 2018 teve como tema “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”, que pode ser abordado das mais diferentes formas e em áreas de conhecimento diferentes.

 

O uso da internet está sendo cada vez mais disseminado em diferentes tipos de público e em praticamente todas as faixas etárias, gerando, assim, uma grande quantidade de consumo de conteúdo. É interessante saber como funciona esse grande sistema de captação de dados para entendermos de onde os algoritmos buscam informações para criar perfis de usuário personalizados para cada pessoa. A ferramenta mais utilizada no mundo para captar os dados de navegação do usuário é o Google Analytics (Figura 1).

 

Os dados do Google Analytics podem ser analisados, tanto por um ser humano quanto por inteligência artificial, para mostrar o comportamento das pessoas que estão utilizando aquele determinado tipo de serviço. Dados esses muito poderosos e que podem ser usados de maneira boa ou ruim.

 

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Figura 1 – Painel do Google Analytics, no qual você consegue ver, analisar e cruzar dados importantes que podem auxiliar na tomada de decisão em estratégias de marketing digital.

 

Quando uma inteligência artificial lê os dados de um usuário utilizando os conceitos de machine learning, essa IA traça um perfil de usuário, descobrindo, assim, alguns de seus gostos e suas opiniões. Com isso, a maioria dos conteúdos que impactam essa pessoa vai sendo personalizada de acordo com o que ela simpatiza.

 

Grandes empresas do ramo de entretenimento utilizam esses dados e perfis de usuário como forma de negócio e inovação. Pioneiros nesse assunto, o Spotify e a Netflix (Figura 2) sugerem diversos conteúdos com base no uso do usuário na plataforma. Essas sugestões são geradas através dos algoritmos criados por essas empresas. É um processo bem complexo que mistura uma infinidade de conceitos de inteligência artificial e análise de dados, mas que geram resultados impressionantes e que melhoram cada vez mais a experiência do usuário.

 

Por um lado, toda essa evolução é bastante relevante, pois o usuário consome o que está de acordo com os interesses dele. Por outro, esse usuário não consome outros tipos de opiniões, críticas e experiências que outras pessoas com gostos e perfis diferentes têm. Fazendo uma analogia ao mito da caverna, que é uma interessante metáfora criada por Platão, podemos ter um questionamento bastante pertinente. Será que vamos utilizar somente a sombra que é projetada pelos algoritmos ou vamos nos libertar das correntes e experimentar todas as ferramentas, recursos e conhecimento que estão à nossa volta.

 

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Figura 2 – Spotify e Netflix são empresas que utilizam de forma intensa os conceitos de machine learning para melhorar cada vez mais a experiência dos usuários em sua plataforma.

 

Mas, para que se mantenha nosso livre arbítrio no uso da rede, é preciso ficar atento também às políticas de neutralidade da rede, que são discutidas e propostas por nosso governo. A neutralidade da rede é um direito bastante importante que nos garante que podemos pesquisar e utilizar qualquer tipo de conteúdo sem ter que ser obrigado a consumir conteúdos que vão ser impostos pelas grandes operadoras.

 

Nesse ano, o Enem nos surpreendeu trazendo um tema bastante atual e interessante. Usufruir dos sistemas que utilizam de conceitos e ferramentas que citamos aqui é bem interessante e nos mostra um futuro que já está virando nosso presente. Além disso, os conceitos citados aqui são muito utilizados no marketing digital. Quando utilizados de forma correta, mostram resultados expressivos e importantes em qualquer tipo de estratégia.

 

Referências

https://g1.globo.com/educacao/enem/2018/noticia/2018/11/04/redacao-do-enem-2018-tem-como-tema-manipulacao-do-comportamento-do-usuario-pelo-controle-de-dados-na-internet.ghtml

https://neilpatel.com/br/blog/relatorios-google-analytics/

https://tecnoblog.net/191786/netflix-algoritmo-recomendacoes/

https://marketingdeconteudo.com/licoes-da-netflix-sobre-marketing-digital/

https://www.significados.com.br/mito-da-caverna/

https://olhardigital.com.br/noticia/o-que-e-neutralidade-da-rede-e-como-o-fim-dela-pode-te-prejudicar/72991